quinta-feira, 21 de março de 2013

Três tópicos para as entrevistas com José Trindade Santos.







Três tópicos para as entrevistas com José Trindade Santos.




1. O antepredicativo em Parménides poderá ajudar na compreensão do predicativo tão decisivo no nosso mundo, mas ainda não compreendido suficientemente segundo alguns?
2. O “parricídio” no Sofista 241d de Platão. Se a minha leitura é correcta, diria que Platão põe o Estrangeiro e Teeteto a tomarem pontualmente o partido do Sofista para o “caçarem”, à maneira de um simulacro duplicado, posto que já o Sofista o é ou se toma ele próprio por simulacro. Assim, admitem, a título provisório, pôr em causa a tese de Parménides.  Nesse gesto, defendem que o “ser de algum modo não é, e o não ser de algum modo é”. Como interpreta este passo do Sofista.
Fala de pressuposto. Ora, pressuposto reenvia para a investigação epistemológica que, justamente, se inscreve na “filosofia das ciências”, as quais são, dito de um modo simplificado, estudo dos mecanismos de pensamento e pressupostos (há quem fale dos fundamentos metafísicos) que regem os métodos de investigação de um campo de saber, de uma disciplina, de um ciência…
Do seu ponto de vista, sendo o antepredicativo da ordem do pressuposto, como poderemos considerar a partir daí a diferença entre o epistemológico e o “ontoepistemológico” que propõe?

3. A dado passo de um seu artigo fala da questão da utilidade: “para que serve um conhecimento que se capta a si próprio.” A tal “autoreferencialidade” do pensar/conhecer antepredicativo. Perguntaria antes se o pensamento que desenvolve poderá ser uma leitura do real, e se a partir dele há implicações no modo como poderemos pensar de outra maneira o mundo onde estamos e vivemos.



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