quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Poesia - Manuscritos (1977) - Porquê os pseudónimos de Manoel Tavares Rodrigues-Leal




 

Homenagem a Rimbaud:











11/01/2013

Por que é que o autor usa vários pseudónimos? Jogando com vários nomes de origem familiar e, segundo diz e ao que parece, aristocráticos. Retrabalha-os, indo buscar aqui e ali, combinando-os. Não se trata, segundo ele, de uma certa "construção e opção teatral" como acontece com Fernando Pessoa e os seus heterónimos.
Juntando a isto, Manoel pretende não esquecer esses nomes. Aliás, como já foi dito algures, e é o autor que faz questão de assinalar, o nome "Manoel" está presente em todos os pseudónimos. Manoel chama-lhes por vezes heterónimos. Mas parece optar pela primeira designação.
"Manoel" é assim, segundo ele e nas suas palavras, "a matriz daqueles pseudónimos", sendo que se inclui também no nome civil: Manoel Tavares Rodrigues-Leal.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Des-escalas




1.De uma coisa para outra há muita coisa que está em jogo. Há uma fractura institucional qualquer. Mas, pelo menos, se se compreender melhor essa fractura, será viável outra compreensão. A de que poderá haver outro sentido de fractura e, assim, depois, talvez, outro sentido de ligação. Entre muitas e muitas gradações...
«Não imaginem que ocorra primeiro o tempo em que o que não existe quebra, nem que haja em seguida o tempo em que tudo se quebra. Trata-se simplesmente da "quebra"» (Dôgen, Shobôgenzô). Aproveitámos para citar Dôgen colhendo este passo de O Inumano de Lyotard (Editorial Estampa, 1990, p.63). E Lyotard acrescenta: «Há portanto uma presença que quebra e que nunca é inscrita ou memorável. Não aparece. Não é uma inscrição esquecida, não tem lugar nem momento, no suporte das inscrições, no espelho reflector, permanece ignorada pelos acessos e pela varredura (O Inumano, p.63).

2. É interessante que em certos contextos não-filosóficos o termo 'filosofia' seja sinónimo de 'estratégia', 'planificação', 'modus operandi', etc.

3. Como é que as teses de um pensador, segundo ele, poderão opor-se absolutamente às de outro, e reciprocamente? Quando o que defendem é, no fundo, absolutamente o mesmo, mas pressupondo essas teses absolutamente diversas (outras)? Não será aqui que se joga o movimento do mesmo e do outro como mesmidade? Mas como provavelmete não se dá bem por isso, a própria noção de mesmidade requer novo inquérito.

4. Escalas de pensamento. O olhar e voltar para trás (p. ex. vj. o mito de Orfeu e Eurídice).
A retrojecção impõe-se como movimento para trás, mas recebe resistência de trás. E essa mesma resistência comporta um solavanco. Esse solavanco para trás tem como efeito um desdobramento da retrojecção. Dupla retrojecção. Quer dizer, com a resistência ao recuo duplica-se de um modo aparentemente paradoxal esse mesmo recuo. Ou seja, vai-se ainda mais atrás do que o inicial recuo por via da resistência a esse recuo. O mesmo poder-se-á pensar relativamente ao movimento de projecção, de avanço. Daqui, poderemos depreender que estes movimentos se afiguram, à partida, duplos e quádruplos. Mas decorre daí que se trata de gradações quando retrogradativamente estamos ainda pensando em termos de  polarizações e bipolarizações. Talvez a questão de campo entre também em jogo.
É que, precisamente, aqueles duplo recuo e duplo avanço, provocam respectivamente, um impulso acrescido de avanço e recuo. O duplo recuo impulsionou mais fortemente o avanço e o duplo avanço impulsionou mais fortemente o recuo.

5.Pensamos em certas circunstâncias em termos de polarizações e bipolarizações, mas erroneamente. Nessas circunstâncias, pensar em termos de polarizações e bipolarizações é algo erroneamente suposto a priori. É equívoco pensarmos que esses pólos são os fundamentos das diferenças e das diversidades. Esses pólos vêm depois. Trata-se no entanto de um 'depois' contemporâneo (não sei se é o termo mais apropriado, depois verei melhor) daquelas multiplicidades, diferenças, diversidades. Estas, todavia, por seu turno, são um 'antes' contemporâneo daquele 'depois' (pólos, bipolaridades). Há, portanto, um paralelismo abrindo para um campo.
Tentando resumir, quando vejo as formas e as coisas à minha volta e o meu próprio corpo, o que se passa? Tudo isso é já resultado. É todavia um resultado simultâneo ao caos, ao indiscernível, às miríades de partículas e de indeterminações que constituem no entanto o presente. O presente não é um resultado, ou uma resultante? Mas não nos adiantemos.
Numa perspectiva estética e de filosofia da arte, deixo um passo que me parece estabelecer algum paralelo, tendo em conta as diferenças de contextos:

"O que é particular na obra de arte, e muito particularmente neste quadro de Ghirlandaio, é a inexauribilidade das forças e, assim, a constante intensidade da forma das forças. Constância que não implica imobilidade, mas dinamismo incessante: a força da presença renova-se a cada instante, talvez com modulações ínfimas de intensidade (o que depende também da subjectividade do espectador).
De onde vem a força que subjaz à forma (dessa força)? Sempre das pequenas percepções, essas unidades perceptivas ínfimas, «imperceptíveis» ou «invisíveis» como dizia Leibniz, em movimento infinito, e cujos conjuntos ou associações dão origem às macro-percepções. Mas antes de as formarem [as macro-percepções], organizam-se precisamente num meio agitado com a propriedade de ampliarem a escala da percepção. A forma de uma força não é mais do que o resultado desse aumento de escala: «vê-se» agora uma globalidade invisível, como se os nossos orgãos sensoriais recebessem como próteses microscópicos electrónicos" (José Gil, (2005) «Sem Título» - Escritos sobre Arte e Artistas, Rel. d'Água, p.55) (Colocámos itálicos).





Retrato de uma jovem, por Ghirlandaio (Colecção do Museu Calouste Gulbenkian)


6. Hoje, o presente é-nos tão dado, tão dado, que é como se nos fosse retirado.

7. Só se chega à palavra desfazendo-a.

8. Julgar que se está a pensar quando afinal se está a corporar (corporalizar, somatizar...).

9. Talvez algumas destas notas sejam um pouco quebra-cabeças e mesmo descabidas e desconexas entre si. Mas não era Heidegger que dizia que os quebra-cabeça hoje fazem falta?

10. O princípio de não-contradição ou de contradição (duas designações possíveis do mesmo princípio; vj Aristóteles) começa a manifestar-se na sua enunciação ainda em génese em Parménides (o ser é e não pode não ser); e em Heraclito, este movimento em génese é também decisivo (lógos na "tensão dos opostos" que leva a que "não dês ouvidos a mim mas ao lógos"). Em Platão opera-se um corte decisivo (eidos; Idea) que fará com que Aristóteles o deixe vir de novo à presença na physis. Não é a definição, a invenção da definição em Aristóteles, mas iniciada eticamente com Sócrates e eideticamente com Platão, marca decisiva a par dos princípios de não-contradição, de identidade e do terceiro-excluído?

11. Imaginar a ambiência ao ler Descartes. Isso não ajudará na compreensão da obra. Isso será somente tentar entrar no espírito do autor, à maneira  da 'compreensão' diltheyana distinta da 'explicação' científica?
Quando pensamos o nosso presente é importante imaginá-lo em relação ao passado e ao futuro. Assim compreende-se como o presente e qualquer presente ou, por outras palavras, a presença e qualquer presença é um certo modo de ausência. Quer dizer, comporta, indiscernivelmente um certo modo de ausência. Assim compreenderemos como o presente tende a escapar-nos, segundo um certo modo menos conveniente de devir. Assim, reforçamos o presente, do qual, a maior parte, tentamos escapar, de modo inconscientemente complexo. Uma das formas que adoptamos para escapar também ao choque da evidência do presente com a morte enquanto supostamente ausência. Adormecemos a presença para adormecermos a ausência. Talvez compreendendo melhor estes e outros mecanismos de pensamento, possamos dispor não só de outra compreensão de sentido mais intensificado da presença, aceitando por outro lado a ausência e a morte, de outro modo também, se bem que e porque ("bien que et parce que", expressão de Vladimir Jankélévitch que vem a propósito) mais intensificadas.

12. Quando o ouvido se antecipa ao dito.

13. O problema - um dos problemas - é que hoje, a abstracção se tornou re-presentação.

14. A hiper-presença da imediatização da mediatização tornou-se num  boom de adereço, acessório, adorno. E, por isso, dá-se uma espécie de ausência.

15. Quando algo apela a algo na sua relação recíproca - pressupondo-se aí união -, dá-se uma separação. foi isso que Parménides e Heraclito, cada no seu pólo aparentemente oposto ao do outro (o que não quer dizer que seja o mesmo pólo), compreenderam, iniciando e abrindo caminho num esboço de enunciação e tematização que começou a delinear-se em Sócrates, crescendo com Platão e culminando em Aristóteles na enunciação da definição (invenção da definição).

16. Uma espécie de véu de Maya fazendo com que nesta supra-visibilidade não vejamos assim tanto como pensamos ver. Tais são estas luzes da modernidade. Platónico isto? Talvez seja antes a sua inversão (mas inversão da inversão do platonismo), e  por isso, coisificada, reificada, sem já ter nada que ver com Nietzsche.

17. Esta talvez seja uma das principais mensagens de cristãs: "vive como se tivesses voltado ao Mundo."


A vizinha Patrocínia













Novembro 2012


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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Partindo de duas conferências de Maria Filomena Molder sobre Wittgenstein e Goethe. Algumas notas em esboço e em estudo.





"Acerca do que não se sabe é melhor calar-se."
Wittgenstein, Tractatus


Deixo aqui alguns tópicos que me despertaram interesse em duas conferências vídeo de Maria Filomena Molder (MFM) sobre Wittgenstein e Goethe.
A primeira comunicação é sobre Wittgenstein e Goethe, e a segunda sobre Wittgenstein. Focarei estas notas na abordagem de MFM a Wittgenstein.

Diga-se previamente que não sou entendido em Wittgenstein; nem pouco mais ou menos. Embora o meu trabalho de fim de licenciatura tenha sido sobre este pensador no Seminário com Luísa Couto Soares na UNL.

Tópicos:
O conceito de Urphänomen (fenómeno originário) atravessa a análise na primeira conferência.
"Os conceitos estão no meio da vida." (Wittgenstein)
"A linguagem não surgiu de uma espécie de raciocínio" Wittgenstein, Da Certeza
"A partir de um certo ponto não se pode recuar. Esse ponto em Goethe chama-se Natureza e em Wittgenstein jogos de linguagem."
"A Natureza é aquele ponto atrás do qual não podemos recuar."
"Aquele que nasce, nasce no nascimento. Mas não é nascimento. Ele nasce. Deixa-se intacta a vida, o nascimento, a natureza."
"Giorgio Colli traduz phusis por nascimento e escreve o célebre fragmento de Heraclito: "o nascimento gosta de esconder-se."
"Podemos saber o que é o nascimento, por exemplo, ao nível da genética. O que sabemos deixa intacto o que é o nascimento."

Não me demorando muito na consulta, pego um pouco ao acaso num trecho de Benjamin, autor muito estudado por MFM, "Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem humana" (trad. MFM). Este texto encontra-se noutra tradução em Sobre arte, técnica, linguagem e política (Rel.D'Água):
"Mas porque a essência espiritual do ser humano é a própria linguagem, ele não pode, por essa razão, comunicar mediante ela, mas unicamente em ela. O nome é a súmula desta totalidade intensiva da linguagem, enquanto totalidade da essência espiritual do ser humano. O ser humano é aquele que nomeia, e nisso reconhecemos nós que a língua pura fala por ele. Toda a natureza, na medida em que se comunica, comunica-se em a linguagem, portanto, em última análise, no ser humano. Por isso ele é o senhor da natureza e pode nomear as coisas."
A propósito do "nomear", Benjamin fala mais adiante da Bíblia, no Génesis.

"ele não pode, por essa razão, comunicar mediante ela, mas unicamente em ela". Talvez por isso MFM diga na primeira conferência que há que distinguir  "aquilo que está no meio da coisa, e o meio no qual a coisa está". Complexo e difícil parece-me.

Algumas notas:

"A partir de um certo ponto não se pode recuar. Esse ponto em Goethe chama-se Natureza e em Wittgenstein jogos de linguagem."

Mas foquemos aqui em Wittgenstein

Mas o movimento visando recuo - quando já não se pode recuar - não comporta por ele mesmo um avanço? Aqui entramos nas questões do corpo e da linguagem.

Parece por outro lado que a linguagem começa a surgir na repetição de sons, ou de um mesmo som, tal como ouvimos nos primatas, por exemplo nos chimpanzés.

Uma das teses de MFM sustentadas na conferência creio ser a de que não poderemos - é impossível - conhecer-saber o processo de nascimento da linguagem. 

Numa outra ocasião, MFM lembra que Leonel Ribeiro dos Santos publicou recentemente um livro onde uma das teses é a de que atrás das imagens também não se pode recuar. E MFM acrescenta que o próprio Wittgenstein muito provavelmente estaria de acordo com essa tese.

Um dos problemas parece-me ser o de pretender-se estar atrás, antes da imagens, mas, estando depois para se poder falar disso. É aí que me parece aceitável falar do ponto atrás do qual não se pode recuar. E creio tratar-se de um ponto cronológico (ou crónico?).

O ponto atrás do qual não se pode recuar são os jogos de linguagem como faz questão de notar MFM em Wittgenstein. MFM diz também não se poder recuar a partir de um ponto: o do "aprender a falar". E é este que lhe parece mais a ter em conta.

Noutras vertentes de pensamento há quem sustente a importância da chamada e tematizada "dupla articulação da linguagem". Escrevi "tematizada", e aí suponho haver uma dificuldade, pois a tematização implica um 'depois' ('tema' deriva do grego: 'colocar', 'pôr').

É possível no entanto que para se chegar à compreensão desta dupla articulação se haja suposto a sua génese, o processo de aparecimento dessa estrutura, a partir de formas rituais de linguajar (ou linguajares, no sentido de dar à língua emitindo sons). Por outras palavras, de repetições de sons e de vociferações já esboçadas nos primatas, e prosseguidas, complexificando-se em certas linhas de evolução hominídea. Aliás, o riso e o choro talvez tenham uma palavra a dar acerca destas questões.

Mas como recuar, como voltar atrás desse ponto que é a linguagem, ou melhor, o "aprender a falar " - conforme regista MFM, e mesmo da dupla articulação da linguagem? Como recuar se, para abordarmos esse aquém já estaremos a falar dele, portanto depois, ou à frente? Neste sentido são pertinentes as observações de MFM. Do seu ponto de vista, partilhando o de Wittgenstein, há um ponto a partir do qual não se pode recuar: os jogos de liguagem.

E como poder recuar àqueles linguajares rituais, ainda que os possamos exercitar e ensaiar nas suas potencialidades, compreendendo neles, por um lado, ao mesmo tempo, o processo de génese da dupla articulação e, por outro, o 'antes do aprender a falar'? 

Este é um dos argumentos possíveis sustentando a tese da impossibilidade de recuar a partir de um certo ponto: o do "aprender a falar".  

Podemos saber que aprendemos a falar. Mas isso não implica que recuemos ao antes do aprender a falar.

Como poderemos dizer que aqueles sons desarticulados-articulados dos linguajares rituais são fonemas ou o caldo da génese de fonemas? Parece-me muito difícil.

A não ser que, sem darmos por isso, já estejamos a supor que assim seja. Sendo assim, pretende-se de certa maneira antecipar-se a esses sons para poder falar deles depois, como germes de fonemas, como processo de formação de fonemas. Mas estamos a falar deles; e nessa condição é como estar a falar, supondo isso - precisamente o falar - de fonemas. É o mesmo que estar a falar deles, desses sons, como se fossem o que não são: fonemas. O que é o mesmo que dizer que o que é, não é, e que o que não é, é. 

Não se trata somente de contradição. Nem de dupla contradição. Tão pouco de mera reciprocidade ou reversão simétricas. Se assim fosse seria demasiado fácil.

Claro que a dupla articulação da linguagem estrutura-se não só em fonemas. Estes são jogos de diferenças significantes nas suas repetições estruturando as palavras em jogo com as frases e os textos na temporalidade segundo uma linhagem que vem de Saussure, Martinet, passando por várias reflexões, como por exemplo Derrida, e entre nós, Fernando Belo, p.ex.

Mas pego por agora nos fonemas, apesar trazerem dificuldades, tais como só por si não "significarem nada, nem serem imagem de nada", como defende F. Belo. 

Todavia, estamos a tentar abordar o em "vias de", o em curso da génese dos fonemas. Mas não se deixa de tentar surpreender o que, precisamente, como devir, se esgueira, se desloca enquanto tal.  Querer dar conta da génese, do devir, da mediação, é querer ainda antecipar-se e fixar-se num ponto antes desse devir, dessa génese. 

É por isso que tem cabimento  a citação que fizémos acima de Walter Benjamin, principalmente o passo: "ele [o ser humano] não pode, por essa razão, comunicar mediante ela [a linguagem], mas unicamente em ela."

De passagem, talvez seja viável o conceito de Deleuze: devires.
É absurdo saltar aqui para Deleuze? Há certos saltos que são bons na filosofia.

Saltos? Poder antecipar-se ao que se antecipa (poder estar antes do antes)? Para poder estar mais além do que está além (poder estar depois do depois - postcipar-se)? 

O 'atrás' e o 'à frente'?

Espaço e Tempo? 

Não é essa uma das aspirações da imortalidade?

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Este texto carece de alguns acabamentos finais.
Este texto prosseguirá.

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"A filosofia não pode de modo algum interferir com o uso efectivo da linguagem. Em última análise, a única coisa que faz é descrevê-la" (Wittgenstein, Investigações Filosóficas (I.F.))

"Quando os filósofos usam uma palavra - «saber», «ser», «objecto», «eu», «proposição», «nome» - e procuram captar a essência da coisa, devemo-nos perguntar: na linguagem onde vive, esta palavra é de facto sempre assim usada?

Nós reconduzimos as palavras do seu emprego metafísico ao seu emprego quotidiano." (I.F., secção 116) 

"Os nossos simples e claros jogos de linguagem não são estudos preliminares para uma regulamentação futura da linguagem - como se fossem uma primeira aproximação, sem ter em conta o atrito e a resistência do ar. Os jogos de linguagem são muito mais objectos de comparação, que por semelhança e dissemelhança irão esclarecer os factos da nossa linguagem." (I.F., secção 130)

"Só podemos escapar à injustiça ou ao vazio das nossas asserções se apresentarmos o modelo como aquilo que é, como objecto de comparação - como, por assim dizer, um padrão de medida, e não como um preconceito ao qual a realidade tem que corresponder. (O dogmatismo em que se cai tão facilmente em Filosofia." (I.F., secção 131)

Citações recolhidas de: 
Wittgenstein,L.,Tratado Lógico-Filosófico * Investigações Filosóficas, trad.M.S.Lourenço, Gulbenkian, 1987. 
Cordon, J.M.N. e Martinez, T.C., História da Filosofia, os filósofos * os textos, 3 vol.,trad. Armindo Rodrigues, Ed.70.