domingo, 12 de fevereiro de 2017

Teresa Leonor Vale - um poema

Teresa Leonor Vale

1.      ele toma-me o corpo na boca: as palavras.
2.      bebe o jardim com imenso vagar:um ulisses
da terra volvida verde.ele.e eu.eu nem sempre gosto dos
3.      clássicos.nem sempre teço na espera.
4.      gosto dos clássicos em dias ferozes e quentes de
um sol branco esgotando a cidade.evaporando-a.
há neles, clássicos, qualquer coisa fresca.nunca fria.
5.      eu escrevi fresca.     é talvez vulgar pensar
6.      coisas destas.      vou abrir uma excepção para safo.

Teresa Leonor Vale, entre o ar e a perfeição, Lisboa, europress (col. O sol no tecto), 1988, p. 15.
transcrito com vagar do livro… 








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