segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Ao Mário de Sá-Carneiro - Poema de Manoel Tavares Rodrigues-Leal na NOVA ÁGUIA 16



 



Ao Mário de Sá-Carneiro



Ninguém caminha pela estreita estrada do real.
Só, transeunte, cansado da vigília dos deuses…
Além, uma praia acesa, morada, tem mais beleza.
O que sofro, e não finjo, boca baça, usura, quem o sabe?
Há uma rara nobreza no que calo ou no que resvala, e digo.
Será mera dor astral, um manicómio? Sei, sei
Que é simples o sexo do meu sofrimento complexo.
Um naufrágio da vida, heráldico, como o do MÁRIO.
A apresentação de um poeta só exige o simples senão de tudo:
Paixão, lupanar, uma rosa adolescente, de imaginação, poente e produto.



Manoel Tavares Rodrigues-Leal - do caderno de inéditos “ O Umbigo da Beleza” 1976) …





(Alguns poemas deste caderno constam on line)








Manoel Tavares Rodrigues-Leal - anos 80 do séc passado...

Fotografia de Luís de Barreiros Tavares






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