quinta-feira, 14 de março de 2013

Umas questões sobre Parménides a José Trindade Santos







L.B.T. :

"É necessário que o dizer e pensar que é seja; pois pode ser,
enquanto nada não é....."
Parménides, frg. 6,

Porque traduz estin gar einai: "pois pode ser"? Quando estin (é, que é..), gar (pois) e einai (ser). Portanto, outras versões, creio: "é, pois, ser"; "pois é ser"; "pois que é ser".
Que significa o "pode"? Quer dizer, por exemplo, que poderemos considerar em Parménides que o ser é, ainda, enquanto pode ser?
Por outras palavras, em Parménides o "poder ser" é uma determinação do "ser" e reciprocamente? Quando, pelo contrário, em Aristóteles começa a decidir-se, ou já se decide definitivamente a separação temática do "poder ser" (ser em potência) e do ser (ser em acto)?


14/03/2013


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J.T.S. : É a chamada "construção potencial"; para alguns, também com sentido final. "estin + infinitivo" lê-se com este sentido. Em Parménides, não há problema em B2.2 ou B6.1b. Mas há controvérsia em B3 ou B8.34a.
Ver C. H. Kahn, The verb 'be'' in Ancient Greek.

14/03/2013

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