sábado, 27 de julho de 2013

Que nome? – Questões filosóficas








Luís de Barreiros Tavares: Não sei se estou a repetir-me. Vai uma pergunta um pouco de rompante que poderá no entanto ser útil para alguns leitores. Neste momento não dá para maiores elaborações. Mas interessa-me insistir na questão.
Afinal que nome é esse, o da “forma participial com o sentido nominal” - "o [nome] que é" do to eon - em Parménides?

27/07/2013

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José Trindade Santos: O nome é esse mesmo: to eon, que é traduzido por uma expressão nominal - "o que é" - ou também por 'ser', ou ainda  'o ser'. A origem da expressão são os - "é/não é" (B2.3, 5) - que todos lêem como verbos: "? é/não é ?". A leitura a/p defende que não há sujeito, nem predicado na expressão e que "é/não é" devem ser lidos como nomes.

27/07/2013

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L.B.T. : É um pressuposto?

27/07/2013

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J.T.S. : Não! Um pressuposto é uma condição para que algo seja o que é: se for ladrão, que roube; se for polícia, que policie, etc. 'Ladrão',  'polícia' são os nomes de entidades. Referem-se a indivíduos e às profissões (?) que socialmente os identificam.
'O que é' é o nome da classe que contém todas as coisas que são. Tudo isto tem sentido em Parménides. Em Platão, Aristóteles, 'o que é' já não é isso.

27/07/2013

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