Três tópicos para as entrevistas com José Trindade Santos.
1. O antepredicativo em
Parménides poderá ajudar na compreensão do predicativo tão decisivo no nosso
mundo, mas ainda não compreendido suficientemente segundo alguns?
2. O “parricídio” no Sofista
241d de Platão. Se a minha leitura é correcta, diria que Platão põe o
Estrangeiro e Teeteto a tomarem pontualmente o partido do Sofista para o
“caçarem”, à maneira de um simulacro duplicado, posto que já o Sofista o é ou
se toma ele próprio por simulacro. Assim, admitem, a título provisório, pôr em
causa a tese de Parménides. Nesse gesto, defendem que o “ser de algum
modo não é, e o não ser de algum modo é”. Como interpreta este passo do
Sofista.
Fala de pressuposto.
Ora, pressuposto reenvia para a investigação epistemológica que, justamente, se
inscreve na “filosofia das ciências”, as quais são, dito de um modo
simplificado, estudo dos mecanismos de pensamento e pressupostos (há quem fale
dos fundamentos metafísicos) que regem os métodos de investigação de um campo
de saber, de uma disciplina, de um ciência…
Do seu ponto de
vista, sendo o antepredicativo da ordem do pressuposto, como poderemos
considerar a partir daí a diferença entre o epistemológico e o
“ontoepistemológico” que propõe?
3. A dado passo de
um seu artigo fala da questão da utilidade: “para que serve um conhecimento que
se capta a si próprio.” A tal “autoreferencialidade” do pensar/conhecer
antepredicativo. Perguntaria antes se o pensamento que desenvolve poderá ser
uma leitura do real, e se a partir dele há implicações no modo como poderemos
pensar de outra maneira o mundo onde estamos e vivemos.
Links dos vídeos de entrevistas
24/02/2013
26/02/2013
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