Não acredito jamais em
literatos, literatura, porra
para os poetas que
aforram sua meninice e amor intransmissíveis.
Que embarque quem
puder em teias adversas de versos! Porra, mil vezes porra para a obra
do empregado em poesia
e que se apaixona por volúveis raparigas.
Minha merda mais
íntima, que sofras, que sorvas a obra que não é obra, mas cobra, porra.
Apodrece o epitáfio do
poeta e, seráfico, aguardo um anjo. Não me abandones na monótona realidade ou
no manicómio. Não me deixem! Acordei menino, porra, para aquela antiga
fotografia entornada na mesa do tempo. E que o tempo me foda!...
Inédito de Manoel Tavares
Rodrigues-Leal – Lx. 19-6-76
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