Teresa Leonor Vale
1. ele toma-me o corpo na boca: as palavras.
2. bebe o jardim com imenso vagar:um ulisses
da terra volvida verde.ele.e eu.eu nem sempre gosto dos
3.
clássicos.nem sempre
teço na espera.
4. gosto dos clássicos em dias ferozes e quentes de
um sol branco esgotando a
cidade.evaporando-a.
há neles, clássicos,
qualquer coisa fresca.nunca fria.
5.
eu escrevi fresca. é talvez vulgar pensar
6. coisas destas. vou
abrir uma excepção para safo.
Teresa
Leonor Vale, entre o ar e a perfeição, Lisboa, europress (col. O sol no tecto),
1988, p. 15.
transcrito
com vagar do livro…
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