Cecília Meireles
Cigarra de ouro, fogo que arde,
queimando, na imensa tarde,
meu nome, sussurrante flor.
(Estudei amor)
Cigarra de ouro, por que me chamas,
se, quando eu for,
bem sei que foges por entre as ramas?
(Estudei amor)
Cigarra de ouro, eu nem levanto
meus olhos para teu canto.
(Estudei amor)
Cecília Meireles, Antologia Poética, Lisboa, Rel. D’Água,
2002, p. 44.
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