(à Ana)
lugar grave em que ,
táctil, te inscreves,
celebrando as
sombras, que, efémeras e aéreas, teces.
que praia imperfeita
rasa o pranto do olhar,
na ciência divina em
que te esqueces.
Setúbal-15-6-75
Molêdo do Minho, com
o José Manuel Boavida dos Santos
Do caderno Da Periferia do Corpo
Do caderno Da Periferia do Corpo
-
Ao Zé Manoel dos
Santos
(José Manuel Boavida dos Santos)
Homenagem a Nietzsche
Aguarda-se o grande perpendicular meio-dia, símbolo
de alta beleza, juventude pagã: o caminho conduz-nos ao anel da noite acordada.
De ermas ruínas imemoriais e humanas da noite núbil, suspensa, surgirão a nova antiquíssima
manhã da nossa doçura divina: humana e sublimemente supra-humana.
Setúbal-10-6-73
Manoel Tavares Rodrigues-Leal
(José Manuel Boavida dos Santos)
Homenagem a Nietzsche
Aguarda-se o grande perpendicular meio-dia, símbolo
de alta beleza, juventude pagã: o caminho conduz-nos ao anel da noite acordada.
De ermas ruínas imemoriais e humanas da noite núbil, suspensa, surgirão a nova antiquíssima
manhã da nossa doçura divina: humana e sublimemente supra-humana.
Setúbal-10-6-73
Manoel Tavares Rodrigues-Leal
José Manuel Boavida dos Santos (José Manuel Santos - filósofo) e Manoel Tavares Rodrigues-Leal (poeta), na cervejaria Trindade petiscando uns camarões e bebendo umas imperiais, provavelmente em princípios da década de 80 do século passado.
"Eu [Manoel] e o José Manuel dos Santos (José Manuel Boavida dos Santos - actualmente professor de filosofia na Universidade da Beira Interior - UBI), tínhamos um projecto para abrir uma livraria e tabacaria no belíssimo café Londres em 1972. Mas entretanto foi-lhes comunicado pelos patrões do café que o espaço tinha sido vendido ao Banco Espírito Santo. Por esta altura estava lá sempre o João César Monteiro e a Margarida Gil."
"Manoel Leal (era assim que eu o tratava). Convivi bastante com ele num período que vai de fim de 1969, quando o conheci num café do Areeiro, a Maio de 72, altura em que saí de Portugal. Regressei em 1994; no intervalo vim muito raramente a Portugal, com estadias muito curtas de alguns dias. Encontrei-me com o Manoel, nestas curtas estadias, duas ou três vezes; uma vez em Paris. Depois de 94 encontrámo-nos uma ou duas vezes. O Manoel era um amigo exigente e difícil. No período 69-72 foi alguém muito importante para mim, que me marcou muito, e que estimei muito. Retrospectivamente, penso que o meu afastamente, depois do meu regresso, foi sobretudo motivado pelo desejo de não "perturbar" a memória do período 69-72, em que a nossa relação foi profunda. Estou consciente que, para um observador externo, esta atitude parecerá egoísta."
(testemunho de José Manuel Santos - por email - 17/08/2017)
Curriculum de José Manuel Boavida dos Santos:
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