tag:blogger.com,1999:blog-949344993303160246.post8987394150031786569..comments2022-04-03T01:29:29.064-07:00Comments on escrita-fone: Influências e leituras – Fernando Pessoa, Gilles Deleuze, José Gil – Um esboçoLuís Tavareshttp://www.blogger.com/profile/05172175349258185186noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-949344993303160246.post-66089432415182472842014-08-30T15:41:14.316-07:002014-08-30T15:41:14.316-07:00Sim, talvez tenhas razão quanto a essa vertente ec...Sim, talvez tenhas razão quanto a essa vertente ecosófica de Pessoa como pensador. Pessoa disseminou a casa (oikos – eco) dos múltiplos (heteronímia) pelo mundo fora. Aliás, a célebre arca «vogou», até aos nossos dias, sem sair de Lisboa, ecologica e filosoficamente digamos, de Tóquio a Nova York…<br />Para não ir mais longe, e não falando nesse duplo movimento aberto, num âmbito ainda impensado da crise da modernidade: o «nem/nem» («Pessoa nem platónico nem antiplatónico») proposto por Alain Badiou no texto referido. Este, todavia platónico segundo alguns (p.ex., Didi-Huberman)…<br />Dir-se-ia que, em Pessoa, quando estamos nele já estamos noutro, e quando estamos nestoutro já estamos noutroutro. Não será por isso que ele fala no «outrar-se»? Importa questionar a identidade no contemporâneo bem como o princípio de identidade (vide também Badiou, op.cit.).<br />Eduardo Lourenço é fulgurante e incisivo no final do vídeo praticamente esquecido (Bouillon de Culture com Bernard Pivot, no Palácio dos Marqueses de Fronteira, 1998) que fui buscar aos arquivos INA.fr, via Net, e que se encontra publicado na minha página do Youtube: «[…] ele [Pessoa] é um caso […] alguém que pôs em cena essa «doença», essa condição especificamente moderna da perda de identidade […] esse sentimento que transportou (trouxe) os homens durante séculos, o de que somos sujeitos, que somos a forma do mundo […] [Pessoa] pertence a essa categoria de alguém que descobre, não que é ninguém, mas que é uma multiplicidade que não se pode verdadeiramente reunir […] o importante é que ele mostra, por aí, que não é o seu caso [Pessoa], é verdadeiramente o caso da modernidade e do homem moderno, que ele é múltiplo!» (vide: http://youtu.be/ioF7X_Ki4PQ ).Luís de Barreiroshttps://www.blogger.com/profile/08005998072106789591noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-949344993303160246.post-76393987865969185822014-08-30T15:31:28.697-07:002014-08-30T15:31:28.697-07:00Este comentário foi removido pelo autor.Luís de Barreiroshttps://www.blogger.com/profile/08005998072106789591noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-949344993303160246.post-32928553043690093852014-08-15T11:41:58.199-07:002014-08-15T11:41:58.199-07:00Levado às suas últimas consequências, o teu argume...Levado às suas últimas consequências, o teu argumento pode levar a um pensamento deste tipo, deixando um pouco para trás o debate sobre a ligação entre Pessoa e Deleuze: Fernando Pessoa é um grande filósofo, um pensador ecosófico "avant la lettre". Faria, por isso, todo o sentido considerar Pessoa como um dos grandes filósofos da crise da modernidade. Fernando Pessoa como um dos principais fundadores da Ecosofia, muito antes de Bateson, Naess, Guattari, Morin, Maffesoli, etc.José Pinheiro Neveshttps://www.blogger.com/profile/01359353324177042581noreply@blogger.com